
Um eu consciente é o resultado de um processo de auto-conhecimento, auto-aceitação e auto-transformação. Requer uma constante atenção sobre nós mesmos(as), assumindo a responsabilidade por tudo o que sentimos e por tudo o que nos acontece.
“Porque me sinto rejeitado(a) perante a atitude do meu colega?” “Será que me valorizo e aprovo?” “Porque me aconteceu isto?” “Pensei antes que me poderia acontecer?” “Porque me fizeram isto?” “Será que fiz o mesmo a alguém?” “Estarão a reflectir-me algo sobre mim e que eu não quero ver e aceitar?” “As pessoas são…” “Tu…”
Se até aqui tem-lhe sido mais fácil pensar e falar dos outros, pôr o problema neles, apontar-lhes defeitos e dizer-lhes o que devem ou não fazer (em vez de falar de si, ver o que precisa de mudar e iniciar o processo de mudança), chegou a hora de transformar esses velhos padrões de pensamento e de comportamento (dos quais se torna consciente a partir desse constante olhar interno), para que possa sentir um crescente equilíbrio e harmonia interiores. Todos os seus relacionamentos, actividades e a sua vida em geral beneficiarão automatica-mente a partir deste trabalho que pode fazer.
Aprenda a seguir a sua intuição para que lhe seja fácil saber e seguir o que é melhor para si.
DISTINÇÃO ENTRE AS MENSAGENS DO INTELECTO E AS DA INTUIÇÃO
É bom distinguir as intuições que se tem de repente de medos e preocupações que se tem comummente e que na maioria constituem hábitos interiorizados.
Há uma diferença entre as mensagens que vêm da nossa insegurança e as que vêm da orientação do nosso Eu superior.
As mensagens centradas no intelecto podem:
• Basear-se na escassez, no medo ou na culpa
• Basear-se no desejo de se proteger a si próprio(a)
• Obrigá-lo(a) a agir, sem lhe darem tempo para reflectir
• Ser respostas rápidas e deixar a sensação de não se inserirem no seu fluxo
• Parecerem uma necessidade desesperada
As mensagens intuitivas são:
• Afectuosas e tranquilizadoras
• Persistentes
• Incentivadoras e positivas
• Não exigem em regra uma acção imediata
• Raramente radicais, sem pequenos passos para iniciar a mudança
Para a sua vida diária, recomendamos-lhe que:
• aceite-se tal como é, ame o seu ser e o seu corpo tal como são;
• evite a auto-crítica e julgamento, e refira-se a si próprio(a) e aos outros positivamente;
• desenvolva em si mesmo(a) tudo o que gostaria de receber dos outros: admiração, valorização, reconhecimento, aprovação, amor, aceitação, estima, atenção, carinho, etc.;
• perdoe-se a si mesmo(a) e elimine quaisquer ressentimentos (velho ou novos) que tenha em relação a seja quem for (do passado ou do presente); ressentimentos de longa data provocam doenças;
• preste atenção aos sinais que o seu corpo lhe dá (dores, sintomas, etc.), lembrando-se que eles podem ser um reflexo de algo em desequilíbrio num ou em vários níveis da sua consciência;
• assuma a responsabilidade pelos seus sentimentos, pensamentos, reacções, emoções, frustrações, etc., e não os atribua a nada nem a ninguém; fale apenas de si, e quando for a dizer algo a outra pessoa assegure–se de que o que vai dizer é útil, amável e verdadeiro;
• analise os seus valores, as suas crenças e convicções, os seus hábitos e atitudes, e verifique se por detrás estarão “velhas” maneiras de pensar e de estar, ou medos, inseguranças, dúvidas, etc.
• repare na forma como pensa, se comporta e reage, e veja em que características se assemelha aos seus pais (ou outras pessoas com quem con-viveu) – Pergunte-se, “O que quero/posso mudar?”
• imagine e pense constantemente naquilo que quer – pensamento positivo;
• siga a orientação do fluxo natural das coisas, lembrando-se que “nada acontece por acaso”;
• preste atenção àquilo que lhe acontece e que atrai – Qual a mensagem? Que significado?;
• descubra e utilize a sua força interior e as suas qualidades únicas;
• confie em si, na sua intuição e nas suas capacidades;
• seja autêntico(a), espontâneo(a) e positivo(a).
E lembre-se de que – qualquer escolha que faça, ou decisão que tome – elas são sempre suas!